Usiminas retoma as operações do Alto-Forno 2 em Ipatinga

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Com o retorno do equipamento, Usina volta a produção de aço bruto em plena carga

IPATINGA – A Usiminas retomou nesta segunda-feira (14/6) a produção do Alto-Forno 2 da Usina de Ipatinga. O equipamento era o último que ainda estava paralisado e, com o retorno, a Usina volta a operar a plena carga na produção de aço bruto.

PRODUÇÃO E EMPREGOS

O equipamento tem capacidade de produzir 55 mil de toneladas de ferro-gusa por mês ou pouco mais de 600 mil toneladas por ano. A paralisação durou cerca de oito meses e, desde dezembro de 2020, a empresa vinha trabalhando para a retomada da operação do forno. Foram investidos R$ 67 milhões no processo, que gerou cerca de 600 empregos temporários durante a obras, conduzidas, entre outras empresas, pela Usiminas Mecânica. Para a operação do equipamento, a Usiminas contratou 40 novos colaboradores permanentes.

O Alto-Forno 2 foi inaugurado em setembro de 1965 e entra, agora, em sua 6ª campanha

MERCADO INTERNO

O presidente da empresa, Sergio Leite, destaca que o retorno do equipamento permitirá elevar em cerca de 20% a produção de gusa na Usina de Ipatinga em relação aos níveis do quarto trimestre de 2020 e do primeiro trimestre de 2021. “Dessa maneira, iremos ampliar, ainda mais, nossa capacidade de atendimento ao mercado interno, que registrou um aumento da ordem de 44% no consumo aparente de aços no primeiro quadrimestre de 2021, em relação ao ano passado”, conta. O executivo lembra que a Usiminas tem sua atuação voltada ao mercado interno, com vendas em torno de 80% da produção. Esse índice foi elevado e chegou a 93% do primeiro trimestre em 2021, segundo o executivo, resultado do esforço da companhia em apoiar a retomada a economia nacional após o período crítico vivido em 2020.

INOVAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Durante o período da reforma, o equipamento sofreu intervenções no cadinho, nos refratários da rampa até a cuba superior e no sistema de refrigeração no topo do equipamento, entre outras ações.

A Usiminas se tornou a primeira siderúrgica no Brasil a utilizar a metodologia recuperação de cadinho com aplicação de concreto refratário. A tecnologia permite a redução do tempo gasto na atividade e também do custo. O mesmo equipamento recebeu, ainda, uma melhora em seu sistema de monitoramento e controle de temperaturas.

Em linha com a política de sustentabilidade que vem sendo intensificada, a companhia investiu outros R$ 25 milhões na reconstrução do sistema de tubulações e coifas e no sistema de despoeiramento do forno. A iniciativa irá proporcionar uma redução na emissão de particulados durante a operação e um melhor desempenho ambiental do equipamento.

“Esse segundo investimento é mais um passo em nossa agenda ESG. Na mesma linha, podemos citar a Central de Monitoramento e a Rede Automática de Monitoramento de Particulados, inauguradas em 2020”, lembra Américo Ferreira Neto, vice-presidente Industrial da Usiminas. O executivo ressalta que a metas ESG da companhia incluem ainda temas como diversidade e inclusão e saúde e segurança do trabalho.

Para a operação do equipamento, a Usiminas contratou 40 novos colaboradores permanentes

HISTÓRIA

O Alto-Forno 2 foi inaugurado em setembro de 1965 e entra, agora, em sua 6ª campanha. O equipamento tem capacidade de produção de 55 mil toneladas ao mês ou 660 mil t./ano e, desde a inauguração, já produziu mais de 31 milhões de toneladas de ferro gusa. Antes na parada atual, a última grande reforma do equipamento foi realizada em 2003.

Além do forno que retorna hoje, a Usina de Ipatinga conta com dois outros semelhantes, o Alto-Forno 1, também com capacidade para 660 mil ton/ano, e o Alto-Forno 3 com capacidade de produzir 2,3 milhões/ton ano.

ALTO-FORNO 2

Data da Inauguração: 2/9/1965 – acendimento simbólico com chama vinda do Alto-Forno 1

Capacidade: 660 mil toneladas de ferro gusa por ano

Investimento na reforma: R$67 milhões

Investimento sistema de despoeiramento: R$25 milhões

Produção acumulada: 31,3 milhões de toneladas de ferro gusa

SOBRE A USIMINAS

A Usiminas é líder no mercado brasileiro de aços planos e um dos maiores complexos siderúrgicos da América Latina. A companhia conta com unidades industriais e logísticas localizadas em seis estados do país e está presente em toda a cadeia siderúrgica – da extração do minério, passando pela produção de aço até sua transformação em produtos e bens de capital. Possui, hoje, o maior e mais inovador Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em siderurgia da América Latina. O avanço registrado pela siderúrgica nos últimos anos garante inovação, tecnologia e qualidade em todas as linhas de produção, e permite à empresa oferecer ao mercado um portfólio diversificado, com destaque para produtos e serviços de alto valor agregado. Por sua gestão ambiental, a Usiminas foi a segunda siderúrgica do mundo certificada com a ISO14001, gerando maior produtividade com menor consumo. A companhia contribui ainda para o desenvolvimento das comunidades onde atua, por meio do Instituto Usiminas e da Fundação São Francisco Xavier, oferecendo projetos nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte e desenvolvimento social. As ações da Usiminas são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque (ADR nível I) e Madri.

Fonte: Diário Popular

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