Ação fiscal foi realizada em residência localizada na cidade de Nova Era
A Auditoria-Fiscal do Trabalho em Minas Gerais, numa ação conjunta com o Ministério Público do Trabalho, resgatou uma trabalhadora doméstica na cidade de Nova Era. A vítima laborava há 32 anos para a mesma família. A operação foi realizada entre os dias 05 e 07 de julho e contou também com a participação da equipe multidisciplinar da Assistência Social do município e da Polícia Militar.
A trabalhadora, 63 anos, nunca havia recebido salário, décimo terceiro e outros benefícios. Ela trabalhava em duas casas em um mesmo lote, onde desempenhava a função de cuidadora de dois idosos, além de se encarregar das atividades domésticas. A vítima não tinha jornada de trabalho fixo, tampouco descanso nos finais de semana e férias. Ela recebia benefício previdenciário, mas não tinha acesso direto aos valores, que ficavam em poder do empregador.
Em razão das condições degradantes de trabalho a que estava submetida, a Auditoria-Fiscal do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho concluíram que a empregada doméstica foi submetida a condições de trabalho análogas às de escravo.
A vítima foi resgatada e retirada do local onde residia e trabalhava, tendo sido entregue aos cuidados de sua família e encaminhada para acompanhamento pela Assistência Social do município.