Vagner de Oliveira Nunes, 37 anos, conhecido como ‘Vaguinho do Limoeiro’, em Ipatinga, apontado como principal chefe de uma facção criminosa que atua em Minas Gerais, foi preso no Ceará no sábado (1º).
Segundo o jornal Diário do Nordeste,”Vaguinho” realizou diversas cirurgias plásticas no rosto para ficar desconhecido da Polícia. A captura do foragido aconteceu em uma operação conjunta entre os Ministérios Públicos do Ceará (MPCE) e de Minas Gerais (MPMG).
Vagner estava em um apartamento de um condomínio no Icaraí, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A companheira dele, que também era procurada, deixou o imóvel dias antes de os investigadores chegarem ao local e segue foragida.
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPCE, promotor de Justiça Adriano Saraiva, revelou que ”Vaguinho do Limoeiro” era o principal chefe de uma facção de origem carioca no Estado de Minas Gerais.
A alta cúpula do grupo criminoso era formada por ele, pela companheira e por mais duas pessoas.No cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga, da Justiça Estadual de Minas Gerais, foram apreendidos um aparelho celular, uma caminhonete VW Amarok e uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa.
Ainda de acordo com Adriano Saraiva, Promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Vaguinho do Limoeiro foi para o Ceará para se esconder, mas eles receberam informações e passaram a monitorá-lo por uma semana.
Mesmo escondido na região metropolitana de Fortaleza, ele continuava a comandar crimes praticados por comparsas em Minas Gerais: tráfico de drogas, tráfico de armas, homicídios e roubos. Também foi apurado nas investigações que ele trazia drogas e armas do Rio de Janeiro para Minas Gerais.
O promotor confirmou que Vagner de Oliveira Nunes realizou cirúrgias plásticas para se esconder da Polícia. A descoberta foi feita pela Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG), durante a investigação que desencadeou na Operação Abadia (que faz alusão ao nome do narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, que se especializó en realizar procedimentos cirúrgicos no rosto para omitir a sua identidade), deflagrada em 2018.
‘Vaguinho ‘ também responde a uma ação penal por ameaça a um agente penitenciário, no Município de Teófilo Otoni.
Ele e mais dois presos estariam articulando contra a vida do servidor, segundo denúncia. Os acusados negaram o cometimento do crime. O suspeito responde, na Justiça de Minas Gerais, por processos criminais de tráfico de drogas e organização criminosa. Não há indícios, que ele cometesse os mesmos crimes no Ceará.
Finaliza o promotor que já há uma decisão judicial para transferir o preso do Ceará para um presídio de Minas Gerais.