
Foto: Redes Sociais
O Ministério Público de Minas Gerais, por meio da 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, representado na sessão do Tribunal do Júri pelo Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, informa a realização de sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri, marcada para o dia 14 de agosto de 2025, às 9h, na Câmara Municipal de Ipatinga, situada na Praça dos Três Poderes – Centro, Ipatinga/MG.
Na ocasião, será submetido a julgamento o réu Alef Teixeira de Souza, acusado de envolvimento no homicídio de Rafaella Cristina Miranda Sales, ocorrido em 28 de abril de 2023, no bairro Vila Celeste, em Ipatinga/MG. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o acusado, que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima, teria, de forma livre e consciente, praticado homicídio qualificado com emprego de asfixia e tortura, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino, no contexto de violência doméstica e familiar.
Ainda segundo a acusação, Alef submetia Rafaella a frequentes agressões físicas e ministrava nela, de forma reiterada, doses de cocaína injetável, aumentando progressivamente a quantidade da droga até causar uma overdose fatal.
Os laudos e depoimentos colhidos indicam que a vítima apresentava múltiplas lesões e hematomas, além de marcas de injeção nos braços.
O crime, segundo o Ministério Público, foi cometido com extrema violência e crueldade, causando intenso sofrimento físico e mental à vítima. Após a morte, Alef teria se apossado das redes sociais e do celular de Rafaella, utilizando-os para enviar mensagens falsas a familiares, numa tentativa de disfarçar o crime e controlar a narrativa dos fatos.
O processo tramita perante a Vara de Execuções Penais, de Precatórias Criminais e do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga/MG. Caso condenado, o réu está sujeito a pena de 12 a 30 anos de reclusão, apenas pelo crime de homicídio qualificado, considerando-se ainda a aplicação da Lei Maria da Penha e a natureza hedionda do delito.