O Governo de Minas, por meio da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço, emitiu um alerta a todos os prefeitos da região, inclusive Caratinga, sobre os avanços da contaminação pela COVID-19. Segundo ofício, a ocupação de leitos na microrregião já atingiu 94,31%.
A situação é grave e aponta para um colapso nas próximas horas.
CASU SE MANIFESTA
Em contato com a Direção do Hospital Irmã Denise – CASU, o recebimento de muitos pacientes da microrregião foi confirmado, assim como a possibilidade eminente de colapso.
Confira o documento do Governo do Estado na íntegra:
“A pandemia do novo coronavírus entrou nesta semana em um novo estágio de contaminação em toda a macrorregião de saúde Vale do Aço. Nos últimos dias, observamos acelerar o número de confirmações de casos e as internações. Como decorrência, já há escassez de leitos de Unidades de Terapia Intensiva em algumas unidades hospitalares. Por esse motivo, os hospitais que ainda têm leitos disponíveis, estão recebendo pacientes de outras microrregiões. No entanto, esse remanejamento de pacientes será possível somente enquanto houver leitos disponíveis. No dia de ontem, em toda a macrorregião, a taxa de ocupação dos leitos de UTI atingiu 94,31%, com tendência de atigir os 100% nas próximas horas ou dias. A Secretaria de Estado de Saúde vem monitorando os indicadores de isolamento social com base em dados de emissão de notas fiscais, bem como com base no deslocamento de sinais de telefonia móvel. Os números apontam para um aquecimento da economia na região: nas últimas três semanas o volume de emissão de notas fiscais está superior ao observado nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, indicando atividade econômica até mesmo superior ao pré-pandemia. O monitoramento com base no sinal de telefonia móvel aponta que o isolamento social na região está abaixo da média do Estado. O indicador do número médio de infecções por pessoa infectada (R0) em nossa macrorregião também está entre os maiores do estado, indicando que uma pessoa contaminada no Vale do Aço, contamina mais pessoas do que nas demais regiões. Com todo esse conjunto de indicadores adversos à nossa região, a Secretaria de Estado de Saúde já trabalha com a possibilidade de 100.000 novos casos do coronavírus na região, nos próximos 30 dias. Caso este cenário se confirme, a necessidade de leitos de UTI poderá chegar a 5.000 leitos. Tal número de leitos demonstra-se inviável, considerando que o cenário de expansão da capacidade das UTIs na região, conforme o plano de contingência, chegaria a cerca de 150 leitos. A situação é grave, os indicadores apontam um cenário futuro adverso e isso demanda uma ação imediata para proteger a população do Vale do Aço de uma mortandade sem precedentes. O Governo de Minas Gerais registra a importância do fortalecimento das práticas de isolamento social neste momento, como forma de reverter o quadro adverso que vem se delineando para o próximo mês no Vale do Aço. Registramos o respeito e apreço a autonomia e aos processos de tomada de decisão municipais, no entanto, neste momento, é FORTEMENTE RECOMENDÁVEL a adesão de todos os municípios da Macrorregião do Vale do Aço ao Plano Minas Consciente. Conforme o Plano Minas Consciente, a região de saúde do Vale do Aço teria condições de adotar a “onda verde”, segundo a qual, recomenda-se apenas o funcionamento de atividades econômicas do grupo considerado “essencial”.
Para maiores informações e adesão ao Plano Minas Consciente acesse: www.mg.gov.br/minasconsciente . E-mail: gabinete@agenciarmva.mg.gov.br .
Sem mais, reiteramos nosso apelo à colaboração de todos.
Atenciosamente, João Luiz Teixeira Andrade, Diretor Geral Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço; Ernany Duque de Oliveira Júnior, Superintendente Regional de Saúde – Coronel Fabriciano / Secretaria de Estado de Saúde.”
Fonte: Casu Hospital Irmã Denise/ TV Super Canal – parceira do Plantão Policial
