Comerciantes ignoram avanço da pandemia em Ipatinga e fazem ato por reabertura

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Representantes do setor comercial do Vale do Aço, liderados pelo Sindcomércio realizaram ma manifestação em frente à Prefeitura de Ipatinga exigindo a reabertura do comércio na cidade no momento mais agudo da pandemia. A   manifestação foi liderada por Thiago Barcelos, do Sindcomércio, e contou ainda com a presença do presidente da Câmara de Ipatinga, Jadson Heleno, e a da deputada federal Alê Silva. Durante o ato, oradores sugeriram que o prefeito de Ipatinga Nardyello Rocha, aprenda a gestão da crise do novo coronavírus com o prefeito de Coronel Fabriciano, que ignora o avanço da contaminação e da doença, mantém o comércio aberto e só não retornou as aulas presenciais por proibição judicial.

Ipatinga atingiu nesta sexta-feira a taxa de 100% da ocupação de leitos de UTI, já são 6 óbitos registrados pela doença e 370 casos de contaminação confirmados, que seguem aumentando rapidamente. A situação em Ipatinga, sem considerar a subnotificação, já ultrapassou os limites de contaminação por milhão de habitantes, que permite a decretação de lockdown (bloqueio total). Apesar deste cenário catastrófico, as forças do atraso e os “cavaleiros do apocalipse”, insistem em criar situações de aglomerações, como representantes do setor comercial e algumas lideranças políticas. Em vários pontos da cidade, podem ser encontrados bares abertos, com as pessoas se reunindo  normalmente, sem máscaras e sem manter o distanciamento recomendado, enquanto viaturas policiais passam e nada fazem.

A Prefeitura de Ipatinga emitiu nesta sexta-feira uma nota oficial sobre a manifestação dos comerciantes. A íntegra é a seguinte:

Nota Oficial

Sobre a manifestação de comerciantes, nesta sexta-feira (5), defendendo a reabertura dos estabelecimentos, antes de mais nada a Administração municipal de Ipatinga tem a considerar que respeita qualquer tipo de ato resguardado pelo direito e as liberdades do regime democrático. 

Mesmo compreendendo e se sensibilizando com as dificuldades que o setor enfrenta, a Prefeitura de Ipatinga continua agindo também de forma democrática, com o aval da maioria de um amplo Conselho Gestor de Crise que tem a participação inclusive de diversos representantes do comércio, sempre pautado pela proteção da saúde coletiva acima de interesses corporativos ou individuais.

A decisão pelo fechamento temporário do comércio não essencial, visando evitar aglomerações nas ruas e outros pontos potenciais propícios à contaminação, ocorreu sobretudo em função do alto índice de ocupação de leitos de UTI Covid-19 nos dois hospitais do município, sinalizando para um preocupante quadro de esgotamento de vagas e um colapso iminente. Além disso, a alta taxa de incidência do vírus registrada na cidade nos últimos dias. Diga-se de passagem, no momento em que ocorria a manifestação dos comerciantes pela reabertura dos estabelecimentos, não essenciais, a cidade de Ipatinga atingiu 100% de ocupação dos leitos de UTI Covid-19 SUS. 

A Prefeitura está ciente de que a suspensão temporária das atividades em questão se revela traumática não só para os empreendedores, mas também para a economia do município, de um modo geral. Contudo, trata-se de medida que também visa evitar um ‘lockdown’, algo de consequências muito mais danosas para todos e que, diante dos números de contágio hoje conhecidos, já é recomendado pelos estudos científicos.

Fonte: Diário Popular

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