Ao apresentar o número de mortes em Minas, a segunda pior marca até o momento, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que o Estado pode tomar “medidas mais drásticas” para conter a curva ascendente de casos confirmados e mortes pela COVID-19.
Zema afirmou que a “trajetória acendente não pode continuar” e que o crescimento tem “causado desconforto” ao governo. Afirmou ainda que o crescimento está acima do esperado.
As afirmações foram feitas em entrevista coletiva, nesta quinta (18), que contou com a participação do secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
Carlos Amaral não descartou a possibilidade de o Estado determinar o lockdown, que é o fechamento total de atividades, em algumas regiões em que há descontrole no combate ao novo coronavírus.
“Fazemos o acompanhamento diário. Através do Minas Consciente, damos sinalizações claras, muito claras, do que está acontencendo e o que a SES entende como melhor isolamento. Todas as possibilidades estão sobre a mesa. Nós temos chances sim de ter lockdown em algumas regiões, algumas cidades”, disse.
Minas tem, de acordo com o boletim epidemiológico de quinta (18), 570 mortes causadas pela COVID-19 e teve o segunda pior marca, 33 mortes confirmadas em um dia.
Diante do crescimento, o governo determinou o recuo de diversos municípios na classificação no programa de flexibilização, o Minas Consicente.
O secretário de desenvolvimento Fernando Passalio informou que os 101 muncípios da Região Central devem voltar à onda verde, que permite a abertura apenas dos serviços essenciais.
Em 15 dias, é a segunda reclassificação. A Região Central já havia saído da onda amarela para a branca e, neste momento, retorna à verde.
Ao todo 146 municípios aderiram aos protocolos sanitários do Minas Consciente, abrangendo uma população de 3,5 milhões de habitantes. Desse total, 290 municípios estão na onda branca, 53 na amarela e, a maior parte, 510 na onda verde.
Fonte: Estado de Minas