Homem que planejava sequestrar e extorquir gerente de banco é preso em Ipatinga

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Enquanto saía para fazer mais uma vítima de um crime conhecido com “sapatinho” (sequestro seguido de extorsão tendo como vítima funcionários de bancos) na quarta-feira (30) David Bener Dutra da Silva, de 34 anos, foi preso em Ipatinga. O homem era procurado pela Polícia Civil de Minas e do Espírito Santo justamente por participar de um crime da mesma modalidade, em julho deste ano, na cidade de Ibiraçu, no estado capixaba.

Contra o suspeito também estava em aberto dois mandados de prisão, sendo um por crime contra o patrimônio com violência à pessoa e outro de recaptura, já que ele estava foragido do sistema prisional de Minas desde dezembro de 2018, segundo informações da Civil MG.

Bener foi levado para Belo Horizonte nesta quinta-feira (1) e será conduzido para a prisão, segundo informou a Civil. A corporação não informou o local da condução do suspeito.

De acordo com as investigações, o plano de Bener era sequestrar um gerente de banco de uma cidade pequena próxima a Ipatinga na quinta-feira (1) e manter a família da vítima em cárcere até conseguir roubar dinheiro da instituição. As investigações apontam que o suspeito também planejava outra ação criminosa contra um bancário na cidade de Caratinga, na região do Rio Doce. O crime seria cometido logo após o primeiro “sapatinho”, em Ipatinga. 

Junto com o suspeito estavam outros dois comparsas, mas segundo a PCMG eles foram ouvidos e liberados, já que o crime não chegou a ser consumado. “Os outros dois envolvidos não conseguimos maternidade para fazer a autuação deles porque eles estavam nos atos preparatórios, ou seja, os pegamos antes de iniciar a execução do crime”, explicou o delegado Ramon Sandoli, da Delegacia Especializada Antissequestro, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).

Início das investigações

As investigações que levaram até o suspeito começaram no último dia 7 de julho, quando um gerente de banco na cidade de Ibiraçu, no Espírito Santo foi vítima de “sapatinho”. Segundo investigadores da Civil capixaba, dois suspeitos foram presos na época, ambos eram de Minas Gerais, e parte do dinheiro extorquido esta em posse desses dois homens e foi recuperado.

No entanto, um terceiro suspeito era procurado e as buscas seguiram com trabalhos integrados da corporação  em MG e ES terminando com a prisão de Bener. “Segundo relatos de testemunhas foi ele quem alugou a casa onde a família do bancário ficou durante o sequestro”, detalhou Sandoli.

Pelo crime do “sapatinho” cometido no estado capixaba o suspeito responderá por extorsão mediante sequestro com formação de quadrilha, segundo explicação do delegado do Deoesp.

Procurado por outros crimes

Outros dois mandados de prisão contra Bener foram cumpridos pela Polícia Civil. Um deles é por crime contra patrimônio com violência à pessoa, segundo informações dos investigadores. O crime, no entanto, não foi detalhado. Outro desses mandados é de captura, já que o homem havia fugido de uma penitenciária em Minas no dia 8 de dezembro de 2018. Os investigadores também não passaram informações de qual crime o homem cumpria pena quando evadiu da prisão.

“Ele tem uma extensa ficha criminal e já foi condenado por crime de extorsão mediante sequestro e crime de roubo a banco desde 2011. Tem conduta reiterada com mais de 50 anos de pena para cumprir”, destacou Sandoli.

Sequestro planejado 

Ainda segundo o delegado, apesar das investigações indicarem que Bener planejava executar outros dois crimes contra gerentes de banco, o homem não responderá por crime nesse caso, já que “sapatinho” não foi executado.

“Fizemos a prisão cumprindo os mandados, mas nossa maior preocupação foi abortar esse crime que é tão violento e estava perto de ser praticado”, concluiu Sandoli. 

Por todos os crimes já cometidos e julgados, David Bener teria que cumprir mais de 50 anos de prisão, segundo a Polícia Civil

Fonte: O Tempo

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