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Ipatinga regride para onda vermelha

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IPATINGA – O Programa Minas Consciente que classifica a situação dos municípios durante a pandemia do novo Coronavírus estabeleceu que a situação da microrregião de Ipatinga passou da Onda Amarela para a Vermelha. A cidade atingiu nesta terça-feira (27) o total de 215 óbitos por Covid-19 e as mortes pela doença são registradas praticamente todos os dias há várias semanas seguidas. Segundo os Boletins Epidemiológicos desta terça-feira, 26 dos 45 (58%) leitos de UTI Covid-19 SUS estavam ocupados. A ocupação de UTI não Covid-19 SUS era de 100% dos 35 leitos. Dos 75 leitos de Enfermaria Covid-19 SUS, 22 estavam ocupados (29%) e dos 347 leitos de Enfermaria Não Covid-19 SUS, 290 (84%) estavam ocupados. A taxa geral de ocupação de leitos Covid (convênio e SUS) de UTI era de 44% dos 70 leitos e 37% dos 98 leitos de Enfermaria, conforme Boletim Epidemiológico da Prefeitura de Ipatinga.

REGRESSÃO

A classificação de Ipatinga nas Ondas do plano Minas Consciente vem regredindo rapidamente nas últimas semanas (com a mesma rapidez com que progrediu), revelando que o risco de contaminação na cidade é alto e que medidas de contenção e prevenção precisam ser tomadas com urgência sob risco de aumentar a propagação do coronavírus na cidade. As ondas de classificação tem exatamente esta função de alterar as medidas de contenção e vigilância epidemiológica de acordo com o comportamento e os níveis de contaminação. Entretanto, grande parte das pessoas, empresários e mesmo dos poderes públicos acham que uma vez “avançada uma casa” não se pode regredir novamente, o que é um equívoco grave, pois contribui para a proliferação do vírus, para aumentar a contaminação e a pressão sobre o sistema de saúde, além de elevar o número de óbitos.

VAI-E-VEM

A classificação do município na Onda Verde do programa Minas Consciente, anunciada na quinta-feira (15) pelo prefeito Nardyello Rocha, com entrada oficial em vigor no sábado (17), durou apenas uma semana. Na quinta-feira (22), a administração de Ipatinga informou que, após deliberação do Comitê Covid-19 do Governo do Estado, o município, segundo a macro de saúde do Vale do Aço, foi reclassificado para a Onda Amarela do programa “Minas Consciente”, o que ocorreu oficialmente no sábado (24). Com esta reclassificação a cidade deveria retomar o sistema que vinha sendo adotado até a última semana, devendo ser obedecido por todos os setores as normas constantes neste estágio de acompanhamento da pandemia.

Agora, com a nova classificação na Onda Vermelha, medidas mais rígidas de controle deveriam ser adotadas, inclusive aquelas relativas ao fechamento do comércio e de atividades que provocam aglomerações. Não é o que deve ocorrer.

COMÉRCIO

Na última sexta-feira, a Secretaria de Saúde de Ipatinga desmentiu boatos sobre o fechamento do comércio na cidade. Segundo a nota do órgão da PMI “a informação falsa que circulou nas mídias sociais atribuía um ‘possível’ fechamento à reclassificação do município para a Onda Amarela do programa ‘Minas Consciente’ do governo do Estado.

“Trata-se de mais uma fake news, dessas que são fartamente distribuídas em período eleitoral. Não há razão para que a população ou segmentos da economia fiquem alarmados. Em termos de macrorregião, o município foi classificado para a Onda Amarela após o dia 24. Pelas regras vigentes, inclusive, até esta data permanecemos na Onda Verde. O que será feito é apenas a revogação do decreto que autorizava o funcionamento de novos setores na Onda Verde e, então, retornaremos à vigência do decreto anterior, que garantia o funcionamento de quase toda a gama produtiva da cidade. Claro, observando as normas sanitárias já descritas, para evitar retrocessos”, disse na semana passada a secretária de Saúde Érica Dias.

Agora, com a nova reclassificação para Onda Vermelha, e faltando poucos dias para a eleição municipal, ainda não está clara qual decisão será tomada pelo Executivo. Os sinais sugerem que tudo deverá continuar como está.

ONDA VERMELHA

O Plano Minas Consciente prevê que na Onda Vermelha está autorizada a abertura dos seguintes serviços essenciais:

– Supermercados, padarias, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência;

– Bares (somente para delivery ou retirada no balcão);

– Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;

– Serviços de ambulantes de alimentação;

– Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop;

– Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito;

– Vigilância e segurança privada;

– Serviços de reparo e manutenção;

– Lojas de informática e aparelhos de comunicação;

– Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões;

– Construção civil e obras de infraestrutura;

– Comércio de veículos, peças e acessórios automotores.

Fonte: Diário Popular

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