Zema anuncia onda roxa e toque de recolher em duas regiões de Minas Gerais

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O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, nesta quarta-feira (3/3), o endurecimento de medidas restritivas contra o novo coronavírus em duas regiões mineiras. Agora, Triângulo Norte e Noroeste passam a ser regidas pela onda roxa do programa Minas Consciente. O estágio, mais duro que o antigo último nível — a onda vermelha —, foi criado em face das dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde em parte do estado.

Triângulo Sul, Norte e parte da Região Sul, que estão em vermelho, estão em observação — e podem passar ao nível roxo. A onda roxa oficializada nesta terça não é opcional. Antes, os prefeitos poderiam escolher se o município iria aderir — ou não — ao Minas Consciente. Agora, a adoção dos protocolos é obrigatória.

“Estamos falando do colapso da rede de saúde na região. Não é um problema municipal mais. É um problema regional. A prefeitura (das cidades) que estiver na região da onda roxa terá duras restrições quanto às atividades econômicas e horários”, explicou o governador.

A circulação de pessoas e veículos nas localidades fica limitada a serviços essenciais. Entre 20h e 5h, haverá toque de recolher. Pessoas sem máscara não poderão frequentar espaços público ou de uso coletivo. Indivíduo com sintomas de gripe, a não ser para consultas médicas, também não podem circular pelas ruas. Eventos com aglomerações, ainda que com caráter familiar, estão proibidos. Haverá barreiras sanitárias.

As medidas valem por 15 dias e foram classificadas como “pontuais” por Zema. “Espero que seja suficiente, mas estaremos revendo continuamente o que for necessário. Se, daqui dois ou três dias for necessário que uma região migre para a onda roxa, iremos fazer. Estamos falando de necessidade — e não de opção. Não há outro caminho a não ser esse”.

As mudanças no Minas Consciente foram antecipadas pelo Estado de Minas na manhã desta quarta. Até então, além da fase vermelha, onde apenas serviços essenciais poderiam funcionar, o programa tinha a onda amarela, que contempla serviços não essenciais de baixo risco; e a verde, que inclui a liberação de atividades de alto risco de contágio. O programa já foi remodelado uma vez, em julho do ano passado.

A atualização da iniciativa ocorre após o avanço da pandemia no estado, sobretudo no interior. Nesta quarta, Minas registrou o segundo maior número de óbitos em 24 horas, com 227 vítimas. A maior taxa foi registrada há menos de um mês, em 10 de fevereiro, quando o novo coronavírus fez 243 vítimas em um só dia.

A vacinação segue em ritmo lento. Ao todo, 635.176 pessoas foram vacinadas contra a doença, sendo que 274.501 receberam a segunda dose do imunizante. O Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a proteção de ao menos 10 milhões de mineiros. Ou seja: metade da população.

Informações: Estado de Minas

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