Minas registrou 130 mil ocorrências de violência contra a mulher em 2021

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delegada-chefe adjunta da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Irene Angélica Franco

A dura realidade da violência contra a mulher em Minas Gerais foi revelada, com números alarmantes, pela delegada-chefe adjunta da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Irene Angélica Franco e Silva Leroy, nesta quinta-feira (30/12). Em todo o estado, de janeiro a outubro deste ano, foram registradas 130.178 ocorrências.

O total de feminicídio tentados ou consumados foi de 287, somente no primeiro semestre de 2021. Do total de casos, 61% foram concluídos com indiciamentos. O restante está em investigação.

Somente em Belo Horizonte, a média é de 639 ocorrências, por dia, para cada grupo de 100 mil mulheres.
As cidades com maior registro de ocorrências até outubro são: Sete Lagoas (796); Patos de Minas (791); Vespasiano (785) e Uberaba (771).

A delegada chama a atenção para o fato de que, quando acontece a denúncia, ou seja, a vítima procura a delegacia a mulher pode se considerar protegida. O total de pedidos de ajuda, no entanto, é muito pequeno, segundo ela.

“Hoje temos 90% dos casos sem medidas protetivas, ou seja, a mulher não procura ajuda da polícia. As estatísticas mostram que, quando se procura pela medida protetiva, os casos de morte são quase inexistentes.”

Na tentativa de aumentar a proteção à mulher e combater a violência doméstica e familiar, a partir de fevereiro deste ano, a Polícia Civil passou a classificar as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, que hoje vão do nível 1 ao cinco, sendo que o último é o considerado ideal.

“Isso se faz necessário porque visa a melhoria no atendimento à vítima mulher. Temos, hoje, no nível 5, duas unidades, ambas em Belo Horizonte. No nível quatro, em cidades do interior, nas diversas regiões, são 29 unidades. No nível três, são 35 unidades. No dois, uma unidade e no um, duas”, informa a delegada.

O nível cinco, segundo ela, leva em consideração se a Deam tem uma unidade própria, especializada apenas no atendimento à mulher. “Ou seja, tem instalações próprias para isso. A unidade de nível um, por exemplo, está menos estruturada, funciona numa delegacia que atende a todos os outros tipos de crime.

Divulgação da PC

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