Integrante da quadrilha que aplicava Golpe no Whatsapp levava vida de ostentação

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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) transferiu os sete suspeitos de integrarem uma quadrilha de Cuiabá (MT) suspeitos de aplicar golpes pelo WhatsApp. Duas aeronaves do Comando de Aviação do Estado (ComAve) foram utilizadas para trazê-los do Estado do Mato Grosso para Minas Gerais. | Foto: Crédito: PMMG/MPMG

A PMMG transferiu os sete suspeitos de integrarem a quadrilha de Cuiabá na noite dessa quarta-feira, (07/04), e encaminhou os envolvidos para o sistema prisional.

Casa com piscina; área gourmet com churrasqueira; ar-condicionado; videogames; TVs entre outros eletrodomésticos caros. Uma vida de ostentação era o que levava um dos integrantes de uma quadrilha de Cuiabá (MT), que a aplicava golpe pelo aplicativo de mensagem Whatsapp. Uma fonte ouvida pela reportagem conta que a residência não corroborava com o padrão de renda do preso e também pela região onde ele morava na capital mato-grossense. 

A reportagem teve acesso as imagens da Operação Camaleão, que prendeu sete pessoas nesta quarta-feira, 6, em uma ação conjunta entre as Polícias Militares de Minas Gerais e de Mato Grosso e o Ministério Público de Minas Gerais. Eles se faziam passar por pessoas conhecidas das vítimas e pediam dinheiro emprestado. 

Eles movimentavam cerca de R$10 mil por dia, e a soma do prejuízo causado às vítimas pode chegar a R$1,8 milhão. Os bandidos atuavam em 15 estados brasileiros e só em Minas Gerais fizeram pelo menos 40 vítimas.  

TRANSFERÊNCIA PARA MINAS GERAIS 

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) transferiu os sete suspeitos de integrarem a quadrilha de Cuiabá na noite dessa quarta-feira, 7, e encaminhou os envolvidos para o sistema prisional nesta madrugada.  

Duas aeronaves do Comando de Aviação do Estado (ComAve) foram utilizadas para trazê-los do Estado do Mato Grosso para Minas Gerais. Segundo apuração da nossa reportagem, os seis homens estão presos no Ceresp Gameleira; e a mulher, na penitenciária Estevão Pinto, ambas em Belo Horizonte. 

A Major Layla Brunnella, porta-voz da Sala de Imprensa, explicou o motivo pelo qual os suspeitos foram presos e transferidos para o estado. “Os sete presos foram trazidos a Minas Gerais porque as vítimas são daqui, do estado. Já há definição jurídica que eles devem responder no local de residência, no estado de residência das vítimas, uma vez que o crime é cibernético e, nem sempre, o autor, vai executar aquele delito no mesmo local onde o golpe aconteceu com a vítima”.  

A PMMG informou que corporação não pode dar mais detalhes sobre o perfil dos presos, o detalhamento do papel de cada um e se eles já tinham passagem pela polícia. A justificativa são duas: o caso está em processo de sigilo e qualquer informação repassada pode atrapalhar as investigações.  

Ainda assim, Brunella explicou que cada membro da quadrilha desempenhava vários papeis, desde dar apoio uns aos outros, definição dos golpes, até mesmo o trabalho de cooptar laranjas. A Polícia acredita que a organização criminosa seja ainda maior.  

A Militar informou que pode existir mais participantes dessa quadrilha e que, até o momento, não há foragidos, ainda assim, pode ser identificado novos participantes. “Os sete identificados foram presos em uma operação que consideramos com 100% de aproveitamento. E agora, com a quebra dos sigilos de telefone, HDs e computadores do material que foi apreendido na casa desses suspeitos, há possibilidade sim que posso ocorrer mais prisões e mais envolvidos detectado durante as investigações”.  

MAIS DE 40 VÍTIMAS  

A PMMG informou que foram registrados 40 boletins de ocorrência relacionados a atuação dessa quadrilha do Mato Grosso. A Polícia acredita que o número de vítimas seja ainda maior, uma vez que o número de transação bancárias é superior a denúncia registrada pelas vítimas. A major Layla Brunnella endossou a importante das pessoas registrarem o B.O.  

“É uma quadrilha bem eclética em termos de vítima. São vítimas de perfis variados. Estamos falando desde pessoas com muito, mais muito humildes, até pessoas que tem poder aquisitivo muito alto. Os golpes eram aplicados com valores muito pequenos até mesmo com milhares de reais”, explicou a militar.  

Fonte: O Tempo

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