O fato ocorreu em São Sebastião do Paraíso e comoveu os moradores do bairro Jardim Itamarati.
Segundo depoimento do senhor Elias, irmão de Ana Paula, 39, na segunda-feira, dia 16, estranhando a ausência de notícias da irmã, foi até o local onde a irmã vivia com o filho autista de 6 anos.
Ao chegar na casa da irmã, encontrou tudo trancado,ele chamou por várias vezes, sem resposta, ele forçou a entrada no imóvel, logo de cara sentiu um forte cheiro, ao entrar no quarto, encontrou o corpo da irmã falecida em adiantado estado de decomposição.
Na cozinha, ele encontrou o sobrinho de 6 anos, ele é autista não verbal, desta forma, não consegue contar o que ocorreu com a mãe.
A polícia foi acionada e deram início às investigações, a princípio a suspeita
era de que Ana Paula teria cometido suicídio, deixando alimentos de fácil acesso para a criança se alimentar, entretanto a hipótese foi descartada pelo laudo do IML, onde constatou morte por causas naturais, Ana Paulo teve um infarto, e pelo o estado que o corpo foi encontrado, é possível que a morte tenha ocorrido há cerca de 12 dias .
Durante esse tempo, o garotinho ficou sozinho com a mãe morta no interior no imóvel e se alimentando do que havia na mesa.
Outro caso parecido
Em dezembro de 2021 em Goiânia, uma criança com autismo, de 7 anos, ficou dias trancada dentro da própria casa com o corpo da mãe, que morreu de causas naturais. Essa triste história aconteceu em Jataí, município goiano a 320 quilômetros da capital.
De acordo com o delegado, a criança chegou a tentar pedir socorro. Usou o celular para avisar conhecidos e até fez imagens da mãe caída. Acontece que o aparelho estava sem sinal de internet e os pedidos de ajuda não chegaram.
Renata Duarte de Oliveira, de 28 anos, ficou caída ao lado da máquina de lavar, no fundo da residência.
Fatos assim nos faz pensar quão necessário é ter uma rede de apoio, amigos, contatos diários com a família, deixar a chave com alguém de confiança, em ambos os casos, avaliamos a trauma que os acontecimentos causaram nas crianças, o fato de não serem verbais, não quer dizer que não sentem.
Colaboração: Correio Sudoeste e Jornal Metrópoles