O Ministério Público e a Polícia Civil de Minas Gerais, informaram nesta terça-feira (18), que foi instaurado pelo núcleo correcional do 12º Departamento da PCMG, um inquérito policial para apurar denúncias de irregularidades no setor de vistoria da primeira Delegacia Regional de Ipatinga.
Após a conclusão dos trabalhos, o delegado da corregedoria indiciou quatro vistoriadores, sendo três deles policiais civis e um servidor administrativo, além de quatro despachantes e de um terceiro (esposo de uma despachante).
O Ministério Público, por meio do promotor de justiça Dr. Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, ofereceu denúncia contra todos os 09 envolvidos, nessa segunda-feira (17), pelos crimes de falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva.
O relatório da Autoridade Policial e a denúncia do Ministério Público constam que alguns despachantes de Ipatinga, entre os anos de 2018 a início de 2021, realizavam pagamentos de vantagens ilícitas a servidores públicos no setor de vistoria, para que aprovassem vistorias fraudulentas de diversos veículos.
Em algumas situações, os veículos não eram levados ao setor de vistorias, sendo as falsas vistorias realizadas pelos próprios despachantes, que pagavam aos vistoriadores para assinarem.
Todos os vistoriadores foram afastados de forma administrativa do setor de trânsito, tendo todas suas senhas suspensas.
O MPMG requer, na denúncia, que todos sejam condenados, solidariamente, a pagar R$ 200 mil pelos danos morais coletivos, além de reparar os danos causados, conforme previsto em Lei.
O MPMG requereu, também, ao Juízo da 1ª Vara Criminal, a aplicação do benefício da delação premiada a um dos acusados que poderá, também, assinar um Acordo de Não Persecução Penal, com o MPMG, por ter colaborado, voluntariamente, com a investigação policial, na identificação dos demais acusados, apresentando informações imprescindíveis sobre a autoria e sobre a dinâmica das fraudes.
Fonte: G1