BOM JESUS DO GALHO – Na terça-feira( (21), a PCMG concluiu inquérito que tramitava na Delegacia da cidade de Bom Jesus do Galho que apurou a morte de uma paciente de 38 anos, que foi submetida a uma cirurgia de colecistectomia ocorrida no dia 24 novembro de 2016, no Hospital Aminas em Bom Jesus do Galho, porém em decorrência do ato cirúrgico a paciente faleceu.
De acordo com o delegado Sávio Moraes, responsável pelas investigações, ficou comprovado no inquérito que o médico cirurgião responsável foi embora logo após a conclusão do ato cirúrgico e não prestou o devido auxílio no pós-operatório.
No inquérito foram indiciados dois médicos, o responsável pela cirurgia e o plantonista. A paciente apresentou intercorrências logo após a cirurgia, tendo a equipe médica plantonista tentado contatar via telefone o médico que realizou a cirurgia, mas não obteve êxito.
Dessa forma, ficou evidenciado que o médico se ausentou do hospital sem esperar a evolução do quadro pós-operatório. O Delegado Sávio detalhou que ocorreu uma cadeia de erros e de atos omissivos que tiveram início às 19 horas, na assunção do plantão, e só finalizaram às 04h40m com o óbito da paciente.
Ou seja, foram quase 10 horas de intercorrências médicas e de omissão por parte do médico plantonista que tinha 64 (sessenta quatro) anos na época dos fatos. O inquérito foi concluído e o médico plantonista investigado foi indiciado pelo crime de homicídio doloso simples, na modalidade omissão imprópria. Por outro lado, o médico cirurgião investigado foi indiciado pelo crime de homicídio culposo majorado por inobservância de regra técnica de profissão.
Os nomes de paciente e médicos não foram revelados pela Polícia Civil.Agora o inquérito segue para a Justiça para os procedimentos legais de praxe.