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Casal gospel é preso em hotel de luxo aplicando golpes em Minas Gerais

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O casal gospel Isabela Cristi Gomes Barros, de 29 anos, e David de Barros, de 34, foram presos em um hotel de luxo, na região Nordeste de Belo Horizonte, após descumprirem a prisão domiciliar. A informação foi confirmada a O TEMPO, nesta terça-feira (13), pelo delegado responsável pelo caso, Flávio Teymeny, Polícia Civil (PCMG). Eles foram presos novamente na última quarta-feira (7).

Segundo as investigações, um mandado de prisão preventiva foi expedido para o endereço dos suspeitos, em Lagoa Santa, na região metropolitana. No entanto, a dupla foi localizada na capital mineira, hospedada no hotel de luxo. O casal foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanece à disposição da justiça.

A dupla é investigada desde o início de maio do ano passado suspeita de causar prejuízo a cerca de 300 pessoas por meio de um esquema de pirâmide financeira. À época, o casal conseguiu na Justiça o direito de prisão domiciliar. Entretanto, Isabela e David teriam continuado com o golpe, atraindo novos investidores por meio de grupos do Whatsapp.

A promessa era de retorno de 100% de lucro em menos de um mês. Um morador da Bahia procurou a Polícia Civil mineira e relatou ter sido vítima do casal nos últimos meses. Segundo o baiano, ele investiu R$ 5 mil, sob promessa de receber lucro de 100% em menos de um mês.

“Inicialmente, a vítima teve o retorno, conseguindo receber R$ 5 mil antes de 30 dias. No entanto, em uma segunda oportunidade, ele investiu R$ 13 mil e não teve retorno algum. O que verificamos é que, em alguns casos, o casal chegava a pagar o valor prometido para que a pessoa divulgasse o esquema e, assim, atraísse novas vítimas. No entanto, o retorno financeiro não era obtido num segundo comento”, revelou o delegado responsável pelo caso, Flávio Teymeny, em entrevista a O TEMPO.

Diante das novas denúncias, Teymeny explica que novos procedimentos devem ser abertos contra os suspeitos. Segundo o delegado, os investigadores trabalham agora na análise das movimentações fiscais e bancárias da dupla, após a queda do sigilo determinada pela Justiça.

“Novas vítimas podem gerar novos procedimentos. Eles já vão ser investigados em outros estados, tendo em vista as denúncias que recebemos de vítimas no Amapá, Rio Grande do Sul e Bahia. Nós agora estamos analisando os dados que tivemos com a quebra de sigilo fiscal e bancário e, após isso, vamos ver qual procedimento vai ser tomado. Isso (investigação) gera tempo porque é uma análise criteriosa”, explicou o delegado.

O caso segue sendo investigado e não há previsão para a conclusão do inquérito.

Prisão

O casal foi preso na última quarta-feira (7), em um hotel de luxo, na região Nordeste de Belo Horizonte, após descumprir a prisão domiciliar. Segundo a Polícia Civil, o casal foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanece à disposição da justiça.

Relembre o caso

O casal foi preso pela primeira vez em 6 de maio do ano passado suspeitos de dar prejuízo a cerca de 300 pessoas. Segundo a PC, a cantora e o marido eram proprietários de uma plataforma de investimentos que prometia lucros altos, mas deixava as vítimas no prejuízo. A prática é conhecida como pirâmide financeira, esquema que é proibido no Brasil.

Nas redes sociais, eles ostentavam uma vida de luxo com fotos de várias viagens para o exterior. Eles ofereciam lucros de até 400% com os investimentos, o que era tentador para os usuários da internet. A reportagem de O TEMPO entrevistou uma das vítimas, que conheceu Isabela em uma igreja evangélica e investiu R$ 40 mil. “Minha vida está um inferno”, contou ela na época.

Na ocasião da primeira prisão do casal, na casa deles em Lagoa Santa, ela e o marido resistiram à prisão, utilizando a filha deles, de 3 meses, como escudo contra os policiais.

Informações do Jornal O Tempo

Nas redes sociais, a cantora tem mais de 140 mil seguidores. | Foto: Reprodução/Redes sociais

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