A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), coordenada pela Policia Federal e composta pelas Polícias Civil, Militar, Penal Estadual e Penal Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (6), a Operação Ataúde (caixão), que apura a atuação de um grupo criminoso suspeito de transportar drogas em urnas e carros funerários.
A ação acontece desde as primeiras horas da manhã, nas cidades de Governador Valadares, zona rural de Frei Inocêncio, Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Rio Manso e Pouso Alegre. 20 mandados de prisão, busca e apreensão são cumpridos. 24 contas bancárias foram bloqueadas.
Em Valadares, os bairros alvo da operação são: Castanheiras, Santa Helena, Palmeiras e Planalto.
Operação policial em Governador Valadares — Foto: Bruno Cavalcante
Um helicóptero está sendo usado para dar apoio a operação.
Em uma casa do bairro Palmeiras, três pessoas foram presas, dois revólveres e drogas foram apreendidos. A quantidade dos entorpecentes apreendida ainda não foi divulgada.
Segundo a polícia, outras seis pessoas foram presas.
Segundo a polícia, a organização criminosa é responsável pela remessa de quase 150 kg de drogas foram apreendidas em três ocasiões distintas.
No dia 27 de novembro de 2020, 10 kg de pasta base de cocaína e 48,5 kg de crack, em Ituiutaba, pela Polícia Militar, após perseguição a uma caminhonete que desobedeceu a uma ordem de parada. Durante a fuga, o veículo bateu de frente com uma Kombi, e o motorista morreu. A droga foi encontrada no dentro da caminhonete e o motorista foi preso.
Já no dia 10 de novembro de 2022, a Polícia Rodoviária Federal abordou um carro funerário, em Vargem (SP), de empresa sediada em Minas Gerais e foi encontrado, no interior de um caixão, 50 kg de crack e uma pessoa foi presa.
No dia 30 de maio de 2023, em Governador Valadares, a Polícia Militar de Minas Gerais realizou a abordagem e a prisão de cinco pessoas que transportavam 27 kg de crack, no interior de um carro funerário, que iria para uma associação criminosa, sediada em Valadares, e especializada no comércio ilícito de entorpecente, sendo essa a segunda associação investigada.
A PF informou que um dos líderes dessa associação, que está preso, controla as atividades criminosas do interior presídio. E recentemente, ele foi condenado a 26 anos de prisão, pelo crime de homicídio.
Durante as investigações foram identificadas pelos órgãos de controle movimentações financeiras suspeitas que somam mais de 350 milhões de reais e são alvos de investigação da FICCO/GVS.
Informações do G1