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Pai de médica assassinada relata frieza de genro ao dar notícia da morte: ‘ligou dizendo que havia acontecido uma coisa chata’

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O pai da médica Juliana Ruas El-Aouar, assassinada em um quarto de hotel, em Colatina (ES), contou durante o Programa Encontro com Patrícia Poeta, como recebeu a notícia da morte da filha. Foi o genro de Samir Sagih El-Aouar, Fuvio Luziano Serafim, principal suspeito do crime, que deu a informação.

“Ele, o Fuvio, me ligou pela manhã, às 10 horas. Minha filha já estava morta, desde à noite, e ele me ligou pela manhã dizendo que havia acontecido uma coisa chata. Eu perguntei o que era e ele falou ‘a Juliana está em óbito aqui’. Mas numa tranquilidade, eu quase enlouqueci! Comecei a chorar. Em seguida ele falou: chamei o samu […]. Minha mulher logo acionou a polícia. A polícia chegou e ela já estava em óbito há muitas horas, toda machucada”, disse o pai.

Ainda de acordo com Samir, o filho de 17 anos também conversou com Fuvio logo em seguida e o marido teria debochado do que tinha ocorrido.

“Ele disse pro meu filho o seguinte: ‘ela nem aguentou nem o tranco da noite, riu e desligou o telefone’. Olha a frieza, olha a forma como ele falou com meu filho.”

Agressões durante a noite


O pai da médica Juliana Ruas El-Aouar, também é médico e deu detalhes dos ferimentos encontrados no corpo da filha. Disse que ela teve o crânio fraturada em duas partes, lesões no estômago, no baço e várias escoriações. Disse ainda que havia furos provocados por seringa, possivelmente usada para injetar morfina na vítima, segundo Samir.

“À noite, [ele] bateu tanto nela que quebrou o crânio dela em dois lugares, ele massacrou o estômago dela, que foi retirado pelo IML para fazer o exame. [Ele] asfixiou mecanicamente minha filha. Ela era uma pessoa de 50 kg de peso, franzina, bonita. Ele, corpulento, arrebentou a minha filha a noite toda. Foi batendo até matar. Imagina o pavor da minha filha, gritando, os vizinhos de quarto escutaram, reclamaram e ninguém foi lá para poder tentar abrir a porta, conversar com ele. Talvez fosse a chance de salvar minha filha”, lamentou Samir.

Liberdade negada

Por nota, o advogado da família de Juliana informou que a Justiça de Colatina negou a liberdade provisória ao ex-prefeito de Catuji, principal suspeito do homicídio, no quarto 362 de um hotel de Colatina.

Ainda explicou que, em sua decisão, o juiz João Carlos Lopes Monteiro Lobato Fraga, decretou a prisão preventiva de Fuvio Luziano Serafim, marido e principal suspeito da morte de Juliana e do motorista e suspeito de co-autoria, Robson Gonçalves dos Santos.

O advogado criminalista Síderson do Espírito Santo Vitorino, contratado pela família da médica, disse ao g1 que está em contato com a delegacia de homicídios de Colatina e que está ajudando no fornecimento de todas as informações quanto à vida do casal.

Investigações

Ao g1, o titular da delegacia de Homicídios de Colatina, Deverly Pereira Júnior, disse que está levantando informações para a investigação da morte de Juliana.

“Vamos coletar as imagens do hotel, começar a analisar, receber os laudos cadavéricos, do local, faremos exames de luminol para ver outras marcas de sangue em outras partes do quarto, entrevistar outras pessoas”, disse o delegado.

A reportagem do g1 tenta contato com o advogado de defesa do marido e o motorista da família, ambos presos, suspeitos de participação no crime.

Informações do G1

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