A um mês de completar dois anos da morte da cantora Marília Mendonça, vítima de acidente aéreo na serra de Piedade de Caratinga, a Polícia Civil conclui o inquérito que investigou as causas do acidente. Para a Polícia Civil, a morte foi provocada pela negligência do piloto e copiloto. Segundo inquérito, os pilotos deveriam ter feito a avalição prévia das condições do local até mesmo emitir alertas ao se deparar com as condições da região para pouso.
Ivan Lopes, delegado regional de Caratinga, disse que “o manual estipula qual a velocidade dessa aeronave deve fazer na ‘perna do vento’. O que ficou evidenciado é que os pilotos ultrapassaram, não respeitando o que o manual da aeronave dispõe. Eles saíram da zona de proteção e qualquer responsabilidade de qualquer obstáculo cabia aos pilotos observar”, declarou.
A Polícia Civil destaca que o inquérito foi arquivado, porque piloto e copiloto, que seriam indiciados por homicídio culposo, também morreram no acidente.
Em maio deste ano, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, apresentou um relatório descartando falha mecânica. E afirmou que a estruturados cabos não representava um efeito adverso à segurança.
Mesmo assim, no dia 1º de setembro, a Cemig, que é a companhia de energia de Minas Gerais, instalou uma esfera de sinalização no cabo de uma torre de distribuição da empresa, onde o avião bimotor caiu. A instalação da esfera foi uma recomendação, em caráter excepicional, da Cenipa e do Comando Aéreo.
O acidente
No dia 5 de novembro de 2021, a aeronave que transportava a equipe de Marília Mendonça caiu em Piedade de Caratinga. O avião estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo. O grupo voava em direção à cidade de Caratinga, onde a artista faria um show naquela noite.
Além de Marília Mendonça, morreram no acidente o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho. De acordo com a Polícia Civil, todos foram vítimas de politraumatismo contuso. Rádio Cidade