“Homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, repugnante, abominável”, destacou o Promotor de Justiça
“Objetivando, não somente a condenação dele pelo homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, repugnante, abominável, mas também pelo emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ainda ocultação de cadáver”, destacou o promotor de Justiça, Henry Castro, referindo-se à condenação do homem de 42 anos, responsável pela morte da jovem Bruna Nunes, de 18 anos, em Bom Jesus do Galho.
Foram mais de 12 horas de julgamento no Fórum Desembargador Faria e Souza, em Caratinga, nesta última terça-feira, dia 30 de janeiro de 2024. Pouco mais de seis meses após o crime.
A Promotoria de Justiça trabalhou centrada em desmontar as teses da defesa do acusado. Conforme destacado pelo Promotor de Justiça, a busca pela “absolvição da memória da vítima para não permitir que uma vez assassinada, covardemente, brutalmente como foi, agora, a imagem dela e a memória dele também fossem assinadas”. Ainda em entrevista ao Super Canal, Henry Castro, ressaltou que foi cometido um crime contra uma mulher por um autor inconformado com a circunstância de a vítima estar se relacionando com uma outra mulher que era desejada por ele.
Após o resultado da condenação, o advogado de defesa, Max Capella, informou que irá recorrer da decisão. “No entendimento da defesa técnica já interpusemos o recurso e aceitando também a vontade do réu de recorrer dessa decisão. Pela experiência que nós temos, tratando-se de réu preso, o Tribunal deve levar em torno de seis meses para decidir sobre a manutenção da decisão ou não”, ressaltou.
Em entrevista ao Super Canal, o amigo da vítima, Farley Tiago, que também acompanhou junto aos familiares de Bruna todo o julgamento, a conclusão é de que a Justiça foi feita. “Agradecer primeiramente a Deus, ao Promotor de Justiça que hoje aqui mostrou que no Brasil, aqui na Terra, tem justiça. 21 anos de prisão. Nós pensávamos que ele iria sair absolvido ou uma prisão de cinco anos”.
O CASO
O desaparecimento de Bruna Nunes foi comunicado pela família no dia 24 de junho do ano passado. Começava ali a busca incessante por notícias sobre o paradeiro da jovem. O jornalismo do Super Canal realizou postagens sobre o desaparecimento, assim como, publicou vídeo da mãe em um apelo por notícias da filha.
Em paralelo, a Polícia Civil iniciava as investigações. Após o cruzamento de informações cruciais, no dia 04 de julho, a esperança da família em encontrar a jovem viva, infelizmente, chegou ao fim. Com o auxílio de um drone em uma área de mata fechada em Bom Jesus do Galho, os policiais civis avistaram uma concentração de urubus e por meio terrestre, as equipes vistoriaram a área. O corpo da jovem foi encontrado.
O homem investigado pela autoria do crime foi detido no dia 05 de julho, após ser localizado no município de Rio Casa, onde, segundo a polícia, ele pretendia embarcar em um ônibus e fugir para João Monlevade. Com o apoio da PM, sua prisão foi efetuada. Ele foi encaminhado ao Sistema Prisional e ontem julgado e condenado. Momentos antes do julgamento, a mãe de Bruna, Fabiana Nunes, clamou por Justiça em entrevista ao SC.
Informações da TV Super Canal
