Início destaque Família contesta versões de hospitais após morte de criança por picada de...

Família contesta versões de hospitais após morte de criança por picada de escorpião em MG

0
108

O caso da morte de André Luiz, criança de 2 anos vítima de picada de escorpião em Ubaporanga, ganhou novos contornos após a família relatar uma série de supostas falhas no atendimento médico. Os pais da criança, Sabrina e seu marido, divulgaram um vídeo dando a sua versão dos fatos.

Segundo o relato dos familiares, no último sábado (22/03), André foi picado no pé enquanto brincava no quintal de casa de familiares, em Ubaporanga. A mãe, ao ouvir o choro do filho, viu o animal e saiu desesperada em busca de ajuda. A família tentou atendimento em um posto de saúde local, que estava fechado por ser final de semana, e seguiu diretamente para o Hospital de Inhapim.

Na primeira unidade de saúde


De acordo com os pais, no Hospital São Sebastião de Inhapim, a criança foi atendida por um clínico geral que confirmou a picada. No entanto, eles afirmam que o tratamento completo não foi administrado. 

“Eles apenas deram quatro ampolas do antiveneno, mas médicos que consultamos depois nos disseram que, para o estado dele, eram necessárias seis ampolas”, relatou a mãe.

A transferência para o Hospital Municipal de Ipatinga, segundo a família, foi marcada por nova dificuldade: a falta de ambulância. 

“Tivemos que esperar por uma ambulância de nossa cidade, porque disseram que não havia transporte disponível”, contou Sabrina.

No segundo hospital


Ao chegar em Ipatinga, os pais afirmam que a situação se agravou. Mesmo apresentando sintomas graves como dificuldade respiratória e vômitos, André teria esperado mais de duas horas para ser atendido na UTI, enquanto outros pacientes eram chamados antes dele.

“Meu filho ficou sem água e comida o tempo todo, chorando de fome e sede. Ele estava tão desesperado que tentou morder meu braço”, desabafou a mãe. Quando o estado da criança piorou, segundo o relato, os profissionais de saúde amarraram seus braços na cama para evitar que se mexesse.

O monitor de oxigenação, quebrado durante a agitação da criança, não teria sido reposto. Por volta das 3h da manhã, quando a mãe saiu para tomar banho, o pai percebeu que o menino estava muito quieto. Ao retornar, André já estava em parada cardíaca.

Busca por respostas


A família tenta agora entender o que de fato aconteceu. Um dos principais pontos de questionamento é a dificuldade em acessar o prontuário médico. 

“No prontuário de Inhapim, que conseguimos acessar, consta que ele recebeu apenas quatro ampolas. Mas em Ipatinga, se recusam a nos entregar o documento”, afirmou o pai da criança.

Principais questionamentos da família:

  1. Por que a dosagem completa de antiveneno não foi administrada?
  2. Qual o motivo da demora no atendimento de emergência?
  3. Por que houve dificuldade em acessar os prontuários médicos?

Este caso levanta importantes questões sobre o atendimento de emergência em saúde pública.

A família da Rádio Vanguarda e Plantão Policial presta às condolências aos amigos e familiares. 

Fonte: Click de Minas

SEM COMENTÁRIOS