O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Inhapim, representado pelo Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, comunica a divulgação institucional da prisão de um homem de 42 anos, que ocorreu no dia 02 de julho de 2025 (quarta-feira), em São Paulo/SP, em decorrência de requerimento do Ministério Público e Polícia Civil.
A Promotoria de Inhapim protocolou pedido de prisão preventiva em desfavor do investigado, acusado da prática dos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel, ocultação de cadáver, vilipêndio de cadáver, incêndio e fraude processual majorada.
Consta nos autos que o crime ocorreu em 11 de maio de 2025, no Córrego dos Tibúrcios, zona rural de São Domingos das Dores/MG. Conforme narrado, dois indivíduos estavam trabalhando em uma fazenda local e, por não possuírem residência fixa, ficaram hospedados em um cômodo de ferramentas situado na lavoura.
No dia seguinte, o proprietário da fazenda encontrou um corpo carbonizado, enrolado em um pano de café, com a cabeça esmagada, no meio da plantação de café. Naquele momento, não foi possível identificar a vítima.
No cômodo em que os trabalhadores estavam alojados, foram localizados uma carteira de trabalho e diversos pertences, levando inicialmente à suposição de que o dono desses documentos seria a vítima do homicídio.
No entanto, após o avanço das investigações, constatou-se que o suposto morto, era na verdade o autor do crime. A reviravolta se deu após a análise de câmeras de vigilância e oitiva de moradores, que relataram ter visto o investigado após a data presumida do crime.
Ele teria deixado no local seus próprios documentos e pertences, enquanto fugia levando objetos da verdadeira vítima, numa tentativa de forjar a própria morte e dificultar a identificação do verdadeiro autor, com o claro intuito de obstruir as investigações e a tentativa de enganar as autoridades.
O Ministério Público fundamentou o pedido de prisão preventiva na necessidade de garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal, diante da extrema brutalidade do crime e do comportamento dissimulado do investigado, que carbonizou o corpo da vítima.
A ação penal tramita perante a 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Inhapim/MG.
A prisão representa uma vitória da Justiça no combate à impunidade e aos crimes graves na Comarca de Inhapim/MG.