Envolvidos em homicídio na zona rural de Jaguaraçu foram condenados. Mandante a 25 anos e executor a mais de 13 anos de reclusão

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O júri que começou na quarta-feira (06/08), terminou na noite desta sexta-feira (08/08) no Fórum Doutor Geraldo Perlingeiro de Abreu, em Timóteo/MG, terminou com a condenação dos dois réus. A sessão de julgamento foi dos envolvidos em um homicídio ocorrido na zona rural de Jaguaraçu. Foram julgados os réus Luith Silva Pires Martins, 41 anos, e João Victor Bruno Coura de Oliveira, 23 anos, acusados da morte de Caio Campos Domingues, ocorrida no dia 04 de abril de 2023, na zona rural do município de Jaguaraçu/MG. Segundo a denúncia, Luith, esposa da vítima à época, teria arquitetado um plano minucioso para tirar a vida do marido, com o auxílio de João Victor, com quem mantinha contato há cerca de seis meses.

O crime teria sido motivado por interesses financeiros, já que Luith possuía diversas dívidas. A acusada também pretendia se apropriar dos bens da vítima, bem como receber o valor do seguro de vida. Para tanto, teria prometido a João Victor o pagamento de R$ 10.000,00 para executar o homicídio. Ainda conforme a acusação, o crime foi cometido com motivo torpe e mediante promessa de recompensa, além de ter sido praticado com dissimulação, traição, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Caio foi surpreendido dentro de seu carro, com o cinto de segurança afivelado, sendo atingido por disparos de arma de fogo efetuados por João Victor. Luith teria dirigido o veículo até o local do crime, onde João Victor os aguardava escondido. Após os disparos, ela teria dado fuga ao executor e retornado ao local para simular tentativa de socorro.

Com o intuito de forjar um latrocínio, os denunciados teriam combinado a simulação do roubo de uma bicicleta que estava na traseira do veículo, a fim de justificar a morte da vítima como resultado de um assalto. Em seu primeiro depoimento, Luith relatou ter sido vítima de roubo junto ao marido, versão desmentida posteriormente pelas provas reunidas durante a investigação. Além do homicídio qualificado, João Victor também responde por posse irregular de arma de fogo, já que a arma utilizada foi localizada em sua residência no dia seguinte ao crime.

A juíza Marina Souza Lopes Ventura Aricodemes presidiu a sessão. Representando o Ministério Publico os Promotores Frederico Duarte Castro e Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, os advogados Ignácio Luiz Gomes de Barros Júnior e Renato Schwartz atuaram como assistentes da acusação. A mandante do crime, Luith Silva Pires Martins foi sentenciada a 25 anos de reclusão, regime inicialmente fechado. O executor do crime, João Victor Bruno Coura de Oliveira, foi sentenciado a 13 anos e um mês de prisão pelo homicídio, mais um ano pela posse de arma de fogo. Ele foi beneficiado pela atenuante de ter menos de 21 anos de idade à época do crime. 

O veredito foi anunciado pela juíza Marina Souza Lopes Ventura Aricodemes. Os advogados que atuaram na defesa dos réus pretendem a recorrer em 2ª instância.

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