Jornalista Nivaldo Resende morre aos 67 anos de covid-19

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Nivaldo Resende, 67 anos, jornalista e escritor
Foto: Álbum Pessoal

IPATINGA – O jornalista e escritor Nivaldo Resende, 67 anos, morreu vítima de covid-19 na madrugada desta segunda-feira (12/04). Ele estava internado no Hospital Eliane Martins desde última sexta-feira e não resistiu às complicações da doença. Nivaldo era casado com Maria Alice Resende e deixa as filhas Anelise e Andresa. O falecimento do jornalista foi uma surpresa para o amplo círculo de leitores e admiradores de suas postagens. Nas redes sociais, Nivaldo alertava para a importância do isolamento social, da adoção dos protocolos e medidas para evitar o coronavírus. Gostava de degustar cervejas artesanais e fazia posts comentando as experiências. Após testar positivo para a covid-19, a doença teve uma ação rápida e devastadora sobre o jornalista.

TRABALHO REMOTO

Nivaldo Resende estava em trabalho remoto e estava constantemente atualizando seus postos nas redes sociais. Ele fez pelo menos duas postagens depois de ser internado. Numa delas disse que estava sendo transferido para o HMEM e noutra contou que havia tomado café e estava sendo bem tratado por médicos e enfermeiras.

Editor do jornal Diário do Aço, Nivaldo trabalhava em home office em razão da pandemia do coronavírus. Fazia a revisão da edição impressa do jornal e editava a página de cultura e entretenimento e das edições especiais do jornal.

BIOGRAFIA

Nivaldo Resende era natural de Ritápolis (Campo das Vertentes) e foi criado em São João del Rei. Mudou-se para Ipatinga em 1975, trabalhou na Usiminas, foi diretor do Clube dos Escritores de Ipatinga (Clesi) e integrante das Academias de Letras de Ipatinga e Mariana.

Além do trabalho como jornalista, publicou poemas em jornais e ingressou no Clube dos Escritores de Ipatinga. Tomou posse na Academia de Letras de Ipatinga em maio de 1984. Integra também a Academia de Letras, Artes e Ciências do Brasil de Mariana. Nas duas entidades, ocupa a cadeira 17.

Sua primeira obra publicada foi um livro de contos e crônicas: ‘Papo de Peão’ (1997). Depois veio ‘A Morte Oval’ (2001), que reúne histórias policiais que viu, ouviu ou acompanhou, e que foi adotada em um dos vestibulares da Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa).

Participou ainda de coletâneas literárias com autores diversos. Dois exemplos: a antologia ‘Lumens’, publicada pela Academia de Letras, Ciências e Artes de Mariana, MG; e a antologia ‘Literatura e Trabalho’ (1986), editada pelo Ministério do Trabalho.

Em 2009 passou a editar os cadernos especiais do ‘Diário do Aço’, jornal onde ainda trabalhava.

Fonte: Diário Popular

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