MANHUAÇU – A PM foi acionada por volta das 23h desta segunda-feira (25) na Maternidade do Hospital César Leite (HCL), situada na Praça Doutor César Leite, Centro da cidade de Manhuaçu. Conforme a enfermeira de 38 anos, uma mulher morena clara, cabelos crespos com as pontas loiros, deu entrada as 22h23min no Hospital como paciente, relatando que estaria grávida, queixava de fortes dores no abdome e sangrando.
Foi encaminhada ao quarto 216, onde estavam internadas várias mães e seus respectivos filhos recém-nascidos, ao chegar no quarto a mulher já sabia o nome de uma recente mãe se identificou como funcionária da maternidade e que precisava levar a filha dela para ser medicada. A mãe da recém-nascida apesar de a autora não portar crachá e nem uniforme do Hospital não desconfiou e entregou a criança.
Devido a demora do retorno da criança a mamãe da recém-nascida perguntou a uma enfermeira onde teria levado a criança para ser medicada, tendo a enfermeira responsável pelo setor, desconfiou, foi à portaria onde fez contato com o porteiro, sendo confirmado por ele que a tal mulher teria saído as 22h52min, conforme ficha de saída, mas não tinha observado nenhuma criança, percebeu apenas que ela carregava no peito um cobertor pequeno.
A PM acionada e entrou no caso, primeiro identificaram a mulher que raptou a bebe como sendo a D. A.S. F, 26 anos, residente no Povoado de São João da Figueira, Zona Rural, Durandé. Os militares comandados pelo Tenente Moreira, passaram a monitorar os pontos de táxi do centro da cidade e rodoviária, onde conseguiram informações de que a mulher teria contratado o taxista do ponto da rodoviária, para uma corrida até São João da Figueira. De imediato foi acionado a equipe de policiamento de Durandé os soldados Morais e Júnior se dirigiram para São João da Figueira onde D.A foi localizada no quarto da casa, com a criança recém-nascida enrolada em um manto o qual tinha saído do hospital, estava sentada na cama dando mamadeira com a ajuda de uma vizinha. Ao ser questionada a autora tentou ludibriar os militares dizendo que a criança era filha dela e que tinha chegado do hospital e que estava cuidando dela naquele momento.
A recém-nascida foi resgatada na presença de testemunhas e imediatamente reconduzida ao Hospital César Leite onde foi devolvida a mãe biológica na presença das enfermeiras sem nenhuma lesão aparente. A mulher saiu de casa por volta de meio dia da segunda-feira (25) e disse aos vizinhos que estava indo consultar pois estava grávida.
A autora foi submetida a exame de corpo de delito na UPA, tendo a médica relatado que D.A estava reclamando de dores abdominais. Perguntada pela equipe policial, a médica respondeu que a mesma não estava grávida e que ela a atendeu e a liberou não tendo a encaminhado para exames no Hospital.
Em conversa com os PMs a autora disse que foi até o Hospital e conversou com a mãe da recém-nascida e disse que precisava levar a criança para ser medicada, já com pretexto de raptar a criança ,que no momento em que decidiu pegar a recém nascida a intenção era dar-lhe um lar e criá-la como filha.
Ao exame clínico a médica de plantão na UPA relatou que a autora respondia bem aos questionamentos e não apresentava nenhuma perturbação biológica naquele momento, reafirmando, ainda, que ela não estava grávida.
D.A foi presa e encaminhada à Delegacia de Polícia Civil.
Quanto à criança recém-nascida, permaneceu com a mãe para cuidados, uma vez que a mãe permanece internada e considerando que a criança foi raptada no mesmo dia em que nasceu por parto cesariano.
Vídeo: Divulgação da PMMG
