Uma mãe denuncia que o filho de 5 anos, com déficit de atenção, transtorno opositor desafiador e transtorno de bipolaridade, foi agredido por uma funcionária no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Tio Romão, em Goiânia. A mulher, que preferiu não se identificar, disse que o filho tem uma auxiliar que o acompanha, mas ela precisou ir ao banheiro, quando a outra assumiu o posto.
“Ela perdeu a cabeça, eu acho que ela tentou tirá-lo da sala e ele revidou que não queria sair. Aí ela deu um tapa na cara e beliscou ele. Fiquei sem reação. Quando a diretora me chamou, eu praticamente não argumentei nada. Fui pra casa e fiquei pensando o que eu ia fazer”, desabafou.
O nome da servidora não foi divulgado, por isso, o g1 não conseguiu localizá-la para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
O caso aconteceu na última terça-feira (19) e a mãe registrou o caso na Polícia Civil, que está investigando. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que a auxiliar de atividades educativas foi exonerada no dia do fato (veja nota completa no fim da reportagem)
Segundo a mãe, após a agressão, que aconteceu por volta de 12 horas, a diretora foi imediatamente chamada e colocou gelo no menino. Às 15 horas, a direção entrou em contato com a mãe e a chamou na unidade. O filho lembra detalhes de como aconteceu.
“Ele fala que a tia bateu na cara dele: ‘Mamãe, a tia bateu na minha cara e beliscou o meu braço. E aí, eu cuspi nela’. Ele fala que depois que ela fez isso, a outra tia chegou e já brigou com ela”, contou a mãe.
Em nota, o Conselho Municipal de Educação (CME) informou que vai se reunir com a instituição e com a família da criança, para “orientar e verificar as medidas e procedimentos adotados diante do ocorrido e se estão de acordo com a legislação e as normativas”. O Conselho Tutelar foi notificado (leia nota completa no fim da reportagem).
A conselheira tutelar Roselei de Sá Galhardo informou que a Secretaria Municipal de Educação está trabalhando para garantir direitos da criança e assistência para a mãe. A profissional detalhou o caso.
“No momento de fúria, da palavra ‘não’, ele foi pra cima dessa professora, que num momento extremamente despreparado, teve essa reação e da qual será punida”, disse.
Trauma
Abalada, a mãe disse que na última quarta-feira (20), deixou de ir ao trabalho para ficar com o filho, que não queria ir ao Cmei. Mãe solo, a mulher contou que não tem com quem deixar o menino, por isso conversou com ele e o levou para a unidade nesta quinta-feira (21).
“Eu levei, mas não sei como é que tá, mas ele não teve resistência de entrar. Eu expliquei pra ele que a tia não tava mais lá, que a tia tinha saído e que ele podia ficar tranquilo”, finalizou.
Ao g1, a mãe disse que há cerca de dois anos o menino faz acompanhamento médico e psicológico e usa medicamentos para o tratamento.
Nota – SME
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que imediatamente após tomar conhecimento do fato ocorrido no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Tio Romão, no dia 19/09, realizou o distrato da servidora e encaminhou a informação ao Conselho Tutelar.
A SME ressalta que convocou e orientou a família, além de pedir providências legais para o Conselho Tutelar.
NOTA – CME
O Conselho Municipal de Educação já está a par do caso. Irá se reunir com a instituição e com a família da criança, a fim de orientar e verificar as medidas e procedimentos adotados diante do ocorrido e se estão de acordo com a legislação e as normativas.
Até o momento as informações preliminares que o Conselho Municipal de Educação possui, são de que a SME tomou todas as medidas imediatas: Conselho Tutelar foi notificado, a mãe foi comunicada imediatamente após o ocorrido, ouvida e orientada e será lotado um novo servidor no lugar da Auxiliar de Atividades Educativas que foi exonerada.
Informações do G1
