“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda”. Este trecho bíblico inspirou o nome da operação “Provérbios 16:18”, que prendeu um influenciador digital e outras seis pessoas pela venda de rifas ilegais nas redes sociais, na noite da última terça-feira (28 de novembro), em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação apura os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, rifa ilegal e sonegação de impostos. Já foram apreendidos 24 veículos até o momento.
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra alguns dos veículos apreendidos na operação:
Além disso, também foram interditados estabelecimentos comerciais e acabaram apreendidos cerca de 200 pacotes de cigarro e aparelhos celulares. Mais detalhes serão divulgados em coletiva de imprensa, na tarde desta segunda.
O influenciador
Com 274 mil seguidores no Instagram, Wesley Alves tem a página marcada por inúmeros vídeos e fotos anunciando rifas ou realizando as entregas de carros, motos e celulares para os supostos vencedores dos sorteios.
Na sua última publicação, na manhã de terça, o influenciador anunciava o sorteio de uma Volkswagen Amarok preta, com roda de liga leve, jogo de som na carroceria e bancos de couro. O valor de cada rifa era R$ 0,25, sendo sorteados, além do veículo, outros oito “bilhetes premiados” de R$ 5 mil.
O sorteio aconteceria às 19h30 de terça, mas não teria ocorrido devido à operação da polícia. Nos comentários, alguns compradores brincaram com a situação. “Primeiro o sorteio, depois prende… Vamos organizar isso aí direitinho…”, brinca uma jovem. “Dois reais ou uma polícia misteriosa”, comenta um rapaz.
A verdade é que as rifas são ilegais por serem consideradas jogos de azar. O artigo 52 da Lei das Contravenções Penais, em vigor desde 1941, proíbe a comercialização dessa modalidade de jogo, com pena de prisão de quatro meses a um ano, além de multa.
A Lei 14.027, de 2020, que estabelece regras para sorteios de brindes, confirma essa proibição.
Informações do Jornal O Tempo