Responsáveis pela morte de Caio Campos serão encaminhados a júri popular

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Caio Campos Domingues, tinha 38 anos Foto: Reprodução

Os acusados pela morte de Caio Campos Domingues, morto a tiros no dia 4 de abril de 2023, quando saía de sua chácara, na localidade do Quilombo, zona rural da cidade de Jaguaraçu, acompanhado da esposa Luith Silva Pires Martins, de 39 anos, irão a júri popular. A informação foi confirmada pela Justiça Criminal da Comarca de Timóteo. O julgamento ainda não tem data marcada para ser realizado. 

O caso tem como réus a esposa da vítima, Luith Silva Pires Martins, denunciada pelo Ministério Público como mandante do crime, e João Victor Bruno Coura de Oliveira, de 20 anos, denunciado como o executor do homicídio. Caio Campos Domingues, de 39 anos, foi assassinado com três disparos de arma de fogo, sendo um tiro na testa e dois no peito, próximo à sua residência, em Jaguaraçu, em abril de 2023. O crime ocorreu na presença da esposa, que estava conduzindo o veículo da família.

Luith Silva Pires Martins e João Vitor, foram presos no dia 5 de abril, mas foram colocados em liberdade poucos dias depois, no dia 19, após decisão da Justiça de Timóteo. A Polícia Militar informou que o assassinato se deu através de uma trama arquitetada pela esposa de, Caio Campos Domingues, fato confessado por Luith Silva Pires Martins. O policial ainda afirmou que o executor também confesso, tinha a promessa de receber pelo assassinato o valor de R$ 10 mil.

Conforme foi noticiado , a vítima foi morta a tiros durante um roubo a mão armada. O fato aconteceu na comunidade de Quilombo, em Lavrinha, distrito de Jaguaraçu. A vítima e sua esposa estavam em uma caminhonete quando um indivíduo acenou para os dois e, ao pararem o veículo, o criminoso anunciou o assalto à mão armada, pedindo a bicicleta que estava sendo transportada no veículo.

A vítima saiu da caminhonete e o infrator efetuou os disparos contra ele. O atirador ordenou que a esposa da vítima o levasse até a rodovia, e ao deixá-lo no local, ela voltou para socorrer o marido. Contudo, o infrator fugiu. Logo em seguida seguiram com a vítima para o Hospital e Maternidade Vital Brazil, em Timóteo, porém, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Além das prisões, a Polícia Militar informou que uma arma de fogo, possivelmente utilizada no crime, foi apreendida. Os suspeitos do crime foram presos no dia 5 de abril.

Manifestação 

Ocorreu no dia 22 de abril, em Timóteo, uma manifestação para pedir justiça por Caio Campos Domingues, que foi assassinado em Jaguaraçu. Centenas de pessoas, incluindo familiares e amigos da vítima participaram do ato.

A manifestação ocorreu devido a decisão de um juiz da Comarca de Timóteo de fazer o relaxamento da prisão preventiva do homem que executou o crime. O executor confessou ter assassinado Caio Campos Domingues e a participação da mulher da vítima no crime. Os dois foram presos, porém, mesmo com a confissão o juiz criminal relaxou a prisão dos envolvidos.

Para o juiz, as prisões em flagrante não deveriam ter sido homologadas devido à ausência de situação flagrancial, em função do tempo decorrido após o crime e outros detalhes da ocorrência. O magistrado também afirma que os policiais teriam agido com truculência ao abordarem os envolvidos e que, ao invés de impulsioná-los a fazerem as confissões, os militares deveriam informar aos acusados que eles tinham o direito de permanecerem calados. 

Diante das ilegalidades e atos de abuso de poder, praticados pelos policiais civis e militares, o juiz deferiu o pedido formulado pela autuada e determinou que o Ministério Público fosse notificado para proceder às providências cabíveis quanto à fiscalização da atividade policial.

A decisão, gerou obviamente o repúdio da família e amigos da vítima, além de muitas outras pessoas, por isso realizaram a manifestação.

Fonte: Portal da Cidade Ipatinga

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